Gerações de Xisto

Gerações de Xisto… o conceito que emerge da fusão de dois projetos: Chousas Nostras e Vales Dona Amélia, criados pela forte vontade de jovens descendentes de duas famílias Transmontanas (Família Sousa Grandão e Família Lobão), apaixonados pela sua terra e apostados em preservar o património rural familiar e as tradições herdadas a recuar gerações. No seio de uma aldeia tipicamente portuguesa parada no tempo, que preserva todos os seus valores arquitetónicos, tradições e modos de vida fortemente ligados à agricultura, decidem, em parceria, juntar forças e ideias e, assim, gerir as casas agrícolas de família que herdaram e dar uma renovada continuidade ao seu património.
Desta moderna visão de restaurar tradições nascem as marcas Chousas Nostras e Vales Dona Amélia, com âncora na produção de azeites e vinhos, tirando partido de olivais centenários e vinhas de veneranda idade, agora convertidos em espaços de ensaio na busca de novos sabores e aromas.

Vales Dona Améla - designação para o primeiro vinho tinto da colheita de 2012 que, em breve, surgirá no mercado. Estagia atualmente em barricas de carvalho Francês, resultado da mistura de castas Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz, as quais dão fama aos melhores vinhos de mesa da região. Este novo tinto nasce nas encostas solarengas de Muxagata, arrancado ao solo xistoso com o saber de gerações, que chegou intacto aos nossos dias e que Gerações de Xisto se orgulha de preservar, sendo o resultado da renovação de vinhas de família com mais de quarenta anos, cuidadosamente plantadas nos melhores solos. Aveludado, redondo na boca, com aromas a frutos silvestres e encorpado, o Vales Dona Amélia é um tinto equilibrado, de raízes nobres, preparado segundo os métodos vinícolas tradicionais, ideal para saborear com pratos fortes de caça e peixe.
Com a persistência que caracteriza os transmontanos, é nosso propósito iniciar assim um novo ciclo, que honre o passado e antecipe o futuro.


Outros Projecto - Sempre empenhados no respeito pelas tradições da terra, fortemente aliada á vontade de inovar e promover aquilo que é genuíno, começam por adquirir três Burros Mirandeses, muito jovens, que foram domesticando ao longo do tempo, formando hoje um grupo de seis simpáticos animais. Depois de um longo e paciente processo de sociabilização e adaptação às albardas, cabeções e outros arreios, os Burros estão aptos para serem montados. Este projeto, bastante moroso, tem sempre por base o bem-estar dos animais e a sua capacidade estrutural de aguentar com pesos e cargas. Descendem da Raça Asinina de Miranda, em cuja Árvore Genealógica se encontram registados pela Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino. A par da criação destes típicos “burricos” transmontanos, um dos grandes símbolos da região, estão ainda a desenvolver um projeto semelhante com cavalos.
A partir do centro da aldeia e com marcação prévia, irão proporcionar aos interessados agradáveis passeios de burro ou de cavalo em animais pacientes e doceis, percorrendo as veredas das colinas de Muxagata, que se estendem a perder de vista sobre o Vale do Côa e Ribeira de Piscos em contato direto com a natureza. Entre olivais, amendoais e a sempre presente vinha, o visitante percorre uma paisagem deslumbrante marcada pelo solo xistoso, que teima em ficar presa no tempo e convida à contemplação- ou à escolha de uma acolhedora sombra para desfrutar de um piquenique.