Associação Humanitária - Bombeiros Voluntários de Reguengos de Monsaraz

Em Fevereiro de 1934, numa reunião ordinária do Atlético Sport Clube, o presidente da coletividade, Francisco da Rosa, levantou, pela primeira vez, perante os restantes membros da direção, a possibilidade de modificar os estatutos de forma a contemplar, no futuro próximo, a criação de uma secção de Bombeiros Voluntários em Reguengos de Monsaraz. Esta decisão foi anteriormente comunicada e discutida com o presidente da Câmara Municipal, Braz Garcia da Costa.

Foi notório que a classe política se alheou completamente deste movimento, preocupados que estavam com as constantes crises de trabalho que afectavam um concelho que vivia, sobretudo, da agricultura.

Em Março de 1934, em reunião ordinária, a direcção do Atlético Sport Clube (ASC) resolveu nomear uma Comissão Organizadora de forma a gerir, não só os elementos que entretanto se tinham juntado ao grupo inicial de “bombeiros”, como também a nova secção que, entretanto, fora constituída.

Logo que entraram em funções, a 4 de Abril de 1934, estes homens tomaram de imediato três medidas: em colaboração com a Direção do ASC, lançaram a todos os sócios uma quota mensal no valor de 1$50 para auxiliar a nova secção; a Comissão Organizadora decidiu, por unanimidade, que a nova secção tivesse a designação “Corpo de Salvação Pública de Reguengos”; resolveram distribuir pela população uma circular onde explicavam os benefícios e as vantagens que as corporações de bombeiros traziam à comunidade.
Logo em Maio de 1934 a Câmara resolveu ceder as suas instalações no rossio da vila, que seriam da Abegoaria Municipal, para sede e “garagem dos carros que este clube adquiriu”.

No dia 25 de Agosto de 1935 foi oficialmente inaugurado, em Reguengos de Monsaraz, o Corpo de Salvação Pública – Bombeiros Voluntários.
Nesta altura, já possuía 35 voluntários e em Abril de 1936 verifica-se a inscrição na Liga.

A 20 de Janeiro de 1937, numa reunião do Atlético Sport Clube, o presidente da instituição deu a conhecer aos restantes membros “um alvará passado pelo Sr Presidente da Câmara Municipal, pedindo a autonomia da secção dos bombeiros voluntários, que para isso se apresentou à Comissão Administrativa…”

A confirmação do Governador Civil surge a 31 de Janeiro de 1937. Durante praticamente dois anos e em consequência da alteração de presidência da autarquia, os bombeiros não receberam apoios e atravessaram um período de dificuldades, tendo a situação melhorado apenas em 1940.

A 7 de Julho de 1939 ocorre a eleição da primeira Direção do Corpo de Salvação Pública e em Fevereiro de 1941 foi eleita a segunda Direção da história dos Bombeiros Voluntários de Reguengos. Os estatutos são aprovados e reconhecidos no dia 21 de Março de 1941.

O ano de 1946 foi um ano marcante para todas as corporações de bombeiros, primeiro com o aparecimento do novo Regulamento dos Corpos de Bombeiros, publicado pelo decreto nº 35857 de 11 de Setembro e, em segundo, com a criação do Conselho Nacional do Serviço de Incêndios. Quer um, quer outro iriam implicar mudanças significativas na corporação reguenguense, principalmente, ao nível do seu funcionamento interno