Maria Pratas

H U M A N D E C O R
Chamar joalharia é elevar o material que uso e nunca a forma final de cada peça, porque cada uma reserva nos materiais, um rasto. Do tempo. Dos dias. Do uso. Das pessoas.
Um passeio pela costa ou ir à marcenaria significam momentos de recolha da matéria prima que uso. Um pedaço de uma moldura velha de madeira ou o torneado de um pé de cómoda ou ainda uma raiz servem, conforme a sua forma pede, os colares, as pregadeiras, as pulseiras.
As peças para uso pessoal são criadas para serem usadas por todos, são gender free, são únicas e concebidas ao sabor da combinação de materiais têxteis, cores e texturas.

H O M E D E C O R
Durante a viagem, em conversa sobre objetos, trapos e sobre a possibilidade que eles nos dão de viajar até às mãos de quem os fazem, assaltam-me ideias para fazer “objetos funcionais para o quotidiano": costurar toalhas para as mesas, tratar troncos para os candeeiros, restaurar, recuperar, para os ambientes onde vivemos que complementam a decoração e definem a função desses espaços.
Procuro a matéria prima, os materiais e ponho as mãos-à-obra. Combino-os com a simplicidade da forma de cada um, respeitando a sua natureza. Os objetos são únicos, contam a sua história e partilham também eles, o nosso quotidiano.